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Instagram divide hashtags das descrições para evitar demasiado texto

Partilhas com localizações restritas, stickers com perguntas, stickers com highlights nas histórias e interfaces separados para adicionar hashtags em posts estão entre algumas das novas funcionalidades que o Instagram tem como protótipos ou está a testar.

Esta última ferramenta pode finalmente curar a #loucura dos hashtags – que, ao atingir o bilião de utilizadores da rede social, faz com que estes encham as descrições com palavras com tag numa tentativa desesperada de atingir a página de publicações populares e, consequentemente, angariar mais seguidores.

O ritmo a que a aplicação está a crescer é esmagador, e está a deixar o Snapchat cada vez mais para trás. Com o Facebook a financiar o produto, design e equipas de engenheiros, a plataforma é capaz de manter-se sempre cheia de novos ‘brinquedos’ para os utilizadores.

Aqui ficam os três protótipos, um teste e uma nova função confirmada por uma das redes sociais mais utilizadas no mundo.

Seletor de hashtag

A ferramenta ainda não foi lançada e nem se sabe se está, efetivamente, em testes – e o Instagram recusa comentar. Mas um jornalista e investigador conseguiu mergulhar no código da aplicação da versão Android, que mostra uma opção dedicada a “Adicionar Hashtags”, abaixo do compositor de descrição e de marcação de pessoas.

O mesmo profissional conseguiu descobrir, anteriormente, revelações sobre videochamadas, stickers com músicas e muito mais; mas há sempre a possibilidade de a plataforma deixe de parte esta funcionalidade ainda antes de ela ser lançada.

A separação entre os hashtags e as descrições podem fazer com que os posts se tornem menos invasivos e distrativos. Tal pode também ajudar a app a afinar o seu algoritmo de forma a mostrar ao utilizador mais imagens com hashtags que pareçam relevantes; levar a um aumento de seguidores de hashtags e permitir-lhes organizar melhor a página Explorar, com um novo canal de tópicos como Beleza, Desporto ou Compras.

Mas talvez, e mais importante, isto pode tornar a plataforma de partilha de fotografias menos aborrecida. Toda a gente tem um amigo que coloca tantas palavras depois do cardinal que tudo se torna uma confusão incoerente.

Localização restrita

O mesmo investigador foi mais longe: ele viu uma nova e poderosa ferramenta que pode ajudar gestores de redes sociais, empresas e criadores profissionais de conteúdos a chegar à audiência certa. Aparentemente, o Instagram tem um protótipo que se chama “Escolher Localizações”, uma opção para os posts que deixa os utilizadores selecionarem países de uma lista em que querem que a foto seja visível. Mais uma vez, a plataforma recusou comentar.

Este instrumento poderá permitir aos instagrammers criarem diferente conteúdo e descrições para diferentes países e línguas. O Facebook já oferece esta opção há alguns anos, e o Instagram já permite alcançar público num determinado código postal ou num raio geográfico definido em quilómetros.

Mas se esta definição de localização for lançada para todos os utilizadores, ela vai possibilitar a expressão de diferentes identidades – de pessoas e de páginas – em todo o mundo.

Stickers com highlights nas histórias

É oficial: esta função está em fase de testes. O sticker que ilustra os highlights poderá ser usado por qualquer pessoa, que o poderá colocar em cima da sua própria história. Esta vai ser uma extensão da já implementada funcionalidade que começou a ser testada em março, e que permite partilhar no formato história qualquer post público.

Os stickers dos highlights podem abrir um novo caminho para os criadores que até já são estrelas, convencendo os seus seguidores a partilhar esses highlights e tornando-os virais – enquanto aumentam a potencialidade de ter mais fãs.

Stickers com perguntas

Este protótipo foi desvendado por um utilizador no Twitter, e permite aos instagrammers fazerem uma questão e designar uma resposta correta. Não estamos a falar das sondagens nem sequer da recente função de fazer questões com respostas livres. Trata-se mesmo adicionar várias opções de resposta à pergunta, podendo ser vista a opção correta de forma imediata.

Isto fará parte da estratégia do Instagram para esmagar definitivamente o Snapchat, tornando as histórias mais interativas e aumentando a conexão com fãs e seguidores.

Tags em vídeos

Esta nova funcionalidade também foi confirmada pela rede social de Zuckerberg: será possível marcar pessoas em vídeos e não deverá demorar muito mais até que todos os utilizadores o possam fazer. Tal pode gerar visitas extra – pouca gente tem a capacidade de ignorar uma notificação de que foi marcada numa nova peça de conteúdo.

A ferramenta também ajudará o Instagram a perceber a quem deve mostrar estes vídeos, permitindo-lhes aparecer o topo do feed dos melhores amigos das pessoas marcadas.

GIFs nas mensagens privadas

Também já assegurada pela plataforma é a possibilidade de enviar GIFs através de mensagens privadas nos sistemas operativos iOS e Android, sendo que deverá ser possível pesquisar estas imagens animadas num arquivo alimentado pelo Giphy. Também se poderá fazer scroll nos mais utilizados ou carregar no botão “Random”, depois de inserir algumas palavras-chave e ter um GIF surpresa adicionado à conversa.  Saber quem foi o criador e ver outras animações do mesmo autor também vai ser uma realidade.

A primeira vez que o Instagram permitiu a utilização de GIFs nas histórias foi em janeiro, sendo que o jornalista/investigador descobriu, em julho, esta ferramenta para os insta direct. Combinadas, estas novas ferramentas têm muito potencial e provam que o irmão mais novo do Facebook não vai permitir que a dominância diminua.

Nem as substituições dos responsáveis pela gestão de produto abalam o ritmo de inovação da aplicação. Ainda não se sabe se todas estas grandes novidades vão mesmo avançar. Depois do arranque excessivamente lento do IGTV, rivalizar com o Youtube parece estar num futuro muito, muito longínquo.

Também teremos de esperar para ver se os utilizadores vão dar uso ao novo canal de compras na secção Explorar. Estar sempre a atualizar a aplicação retira alguma pressão a qualquer lançamento de novas ferramentas, que carregam o peso de um bilião de opiniões.

Será que alguém se atreve a fazer concorrência a algo que está a evoluir tão rapidamente?

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